O juiz Richard Francisco Chequini, da 20ª Vara Criminal da Comarca de São Paulo, aceitou a denúncia feita por Jair Bolsonaro (PSL) contra Ciro Gomes (PDT) na última terça-feira (5). Com a decisão, Ciro Gomes se torna réu no processo.
Para o magistrado, Ciro quis magoar e ferir o amor-próprio de Bolsonaro ao chamá-lo de ‘moralista de goela’.
“Eu, se tô indignado, o cara depositou na minha conta sem a minha autorização, eu devolvo pra ele, e mando ele pastar, pra não dizer aquela outra frase que termina no monossílabo tônico. Não, o que ele [Bolsonaro] faz? Ele devolve para o partido, que na mesma data entrega R$ 200 mil pra ele. O nome disso é lavagem de dinheiro. Simples assim”, comentou Ciro, sobre o depósito de R$ 200 mil feito pela JBS na conta de Bolsonaro.
Segundo Bolsonaro, a declaração de Ciro configura crime de calúnia.
Em nota, via assessoria, Ciro comentou a queixa-crime movida por Bolsonaro.
“A assessoria de comunicação de Ciro Gomes informa que o presidente Jair Bolsonaro se une a Eduardo Cunha, que o processou e logo em seguida foi preso; Michel Temer, que o processou e hoje está preso; José Serra, que o processou e hoje responde a diversos processos junto com Paulo Preto, que está preso, além de Eunício Oliveira, investigado pela Lava Jato. Ciro Gomes acredita que, também nesse caso, a justiça será feita.”
1 – A assessoria de Comunicação de Ciro Gomes informa que o presidente Jair Bolsonaro se une a Eduardo Cunha, que o processou e logo em seguida foi preso; Michel Temer, que o processou e hoje está preso; (…) pic.twitter.com/Byfp5rdEHd
— Ciro Gomes (@cirogomes) 13 de maio de 2019