Por Victor da Mata | Ceará-Mirim Notícias
A 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ceará-Mirim protocolou uma Ação Civil Pública com o objetivo de suspender nomeações de pessoas que se encontram em situação de nepotismo no município. O processo teve início com a instauração do Inquérito Civil 06.2017.00002689-0 a partir de uma denúncia feita ao Ministério Público Estadual.
Dos nomes citados na ação, dois chamam a atenção pela quantidade de parentes nomeados em cargos comissionados na Prefeitura Municipal de Ceará-Mirim: o prefeito Marconi Barretto e o secretário municipal de Saúde, Carlos Magno Ribeiro Filho (PHS).
De acordo com a promotora Izabel Cristina Pinheiro, há cinco pessoas que são parentes do prefeito Marconi Barretto (PHS), que estão nomeadas para cargos comissionados. São elas: Francisco Flávio da Silva, que é secretário municipal de Agricultura; Letícia Andrade Santos, atual secretária de Educação; Glênio Ramalho Praxedes; Gustavo Ramalho Praxedes e Lúcia Maria Salustino Dutra, secretária municipal de Trabalho e Assistência Social.
Francisco Flávio é casado com uma sobrinha de Marconi Barretto. Letícia é companheira de um sobrinho do prefeito. Glênio e Gustavo são sobrinhos do prefeito e Lúcia é esposa de Marconi. Ou seja, uma gestão em família.
Esse também é o caso do secretário de Saúde, Carlos Filho. O MP identificou cinco casos de nepotismo ligados a ele. No Hospital Percílio Alves há três familiares do secretário: o pai, Carlos Magnus Ribeiro; a mãe, Maria de Fátima Oliveira Ribeiro e a cunhada, Andrezza Luzana Coutinho Costa. Há ainda Varderley Morais, tio da esposa de Carlos Filho e Thiago Coutinho, vereador e a época do envio da ação a justiça, subprefeito do Litoral. A Ação Civil Pública pede a exoneração dos citados.
Acúmulo de cargos
Outro problema encontrado na gestão Marconi Barretto, é a situação de secretários em situação ilegal de acumulação de cargos. Aqui já publicamos o caso do secretário municipal de Agricultura. Agora identificamos também que outro secretário, que é servidor efetivo da secretaria estadual de Justiça e Cidadania, como Auxiliar de Serviços Gerais, com carga horária de 40 horas. Ou seja: o Poder Executivo em Ceará-Mirim está cheio de irregularidades.