Os Estados brasileiros recebem nesta 2ª feira (3.mai.2021) as doses da vacina da Pfizer que chegaram ao Brasil na última 5ª feira (29.abr). Por questões de logística, o lote de 1 milhão de doses foi destinado às 26 capitais estaduais e ao Distrito Federal.
O imunizante já recebeu aval para uso definitivo pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Pode ser aplicado em pessoas a partir de 16 anos de idade com intervalo de 21 dias entre as duas doses recomendadas.
Os Estados vão receber as vacinas armazenadas entre -25°C e -15°C. Elas podem permanecer nesta faixa por até 14 dias. O Ministério da Saúde disse que somente as capitais federais podem garantir a estocagem em temperaturas adequadas para manter o imunizante em condições de aplicação.
O governo brasileiro comprou 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer em 2021. Em março, em reunião com a farmacêutica, o Ministério da Saúde apresentou a previsão de que até junho seriam entregues 13,5 milhões de doses da vacina.
Em abril, o governo federal anunciou que busca adquirir mais 100 milhões de doses extras.
A vacina da Pfizer/BioNTech tem mais de 90% de eficácia contra o coronavírus. O imunizante usa a tecnologia de RNA mensageiro –uma espécie de molécula que carrega as instruções para a produção de uma proteína do coronavírus, o que permite ao sistema imunológico aprender a reconhecer e neutralizar o patógeno.
De acordo com documento divulgado pelo Ministério da Saúde, o custo aos cofres públicos, no 1º contrato, foi de US$ 10 por dose.
VACINAÇÃO NO BRASIL
O Brasil já vacinou 55% dos habitantes com mais de 60 anos contra a covid-19. O grupo é considerado o de maior risco para a doença. Quando considera-se a população como um todo, 14,9% receberam a 1ª aplicação de algum imunizante.
Estados iniciaram o programa de vacinação com foco nos profissionais de saúde e idosos. Agora, os mais avançados já abrem cadastro para compilar os dados de todos os que tenham comorbidades –para que possam ser priorizados nas próximas fases.
A 2ª dose da vacina, que garante a imunização completa contra a doença, só chegou a 23% dos com mais de 60 anos. Na população geral, a taxa é de 7,4%.
O Brasil hoje administra 3 vacinas: a CoronaVac, produzida pela pela biofarmacêutica chinesa Sinovac e distribuída pelo Instituto Butantan; a desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca; e a da Pfizer, em parceria com o laboratório alemão BioNTech. Todas necessitam de 2 doses, com intervalos que variam de 21 dias a até 3 meses.