Apesar de terem sido incluídos na lista de prioridades do Plano Nacional de Imunização, os caminhoneiros ainda não têm previsão de quando começarão a ser vacinados contra a Covid e, por isso, pressionam o governo. O Ministério da Saúde estima em mais de 1,2 milhão o número de caminhoneiros em todo o Brasil.
Como eles vivem rodando pelo país, muitas vezes descobrem na estrada, longe de casa, que contraíram o coronavírus. Como não podem se hospedar em hotéis de rodovia, seja por estarem doentes, seja por não terem dinheiro, acabam tendo que cumprir a quarentena na cabine do caminhão.
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) enviou um ofício ao Ministério da Saúde em 5 de abril solicitando que “com a maior brevidade possível, seja definido o cronograma de imunização contra a Covid-19 dos transportadores rodoviários autônomos de cargas, em consequência, todos os profissionais do setor de transporte de cargas”.
No fim de janeiro, com ameaças pontuais de greve dos caminhoneiros, o governo federal cedeu a uma série de itens da pauta de reivindicações dos profissionais de transporte. Uma das promessas foi a inclusão da categoria na lista de grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19, o que de fato aconteceu, embora, sem previsão de data para início da imunização.