Victor da Mata
A população de Ceará-Mirim experimentou na tarde da última terça-feira, 25, uma situação jamais vista nos 160 anos de existência da cidade: um vereador ser preso na Câmara Municipal, durante uma sessão ordinária. O pior é que isso poderá se repetir outras vezes, e talvez não demore.
Há alguns casos recentes no Brasil de prisão de membros das casas legislativas por motivos diferentes, porém não menos importantes. Uso indevido de verba parlamentar, venda/compra de apoio político para garantir votações a favor de governos, uso de laranja na prestação de serviços ao Poder Executivo municipal, são alguns exemplos de possíveis crimes praticados.
Em Ceará-Mirim, o Ministério Público investiga, através de um inquérito civil, a possível compra de apoio politico por parte do prefeito cassado, Marconi Barretto (PHS). De acordo com o MP alguns vereadores trocaram o arquivamento de um processo que pedia a cassação do prefeito (mais conhecido como CEI do CLICKIDEIA), por cargos comissionados e outras benesses.
Segundo consta nos autos do inquérito civil, alguns vereadores chegaram, por exemplo, a indicar familiares para cargos de secretários e secretários-adjuntos, o que também configura a prática de nepotismo. Esses fatos, se comprovados, poderão levar a realização de uma operação conjunta do MP e as policias Civil e Militar, como ocorreu nos municípios de Carapicuíba (SP), Conde (PB) e Vitória do Mearim (MA).
Dos 15 vereadores e vereadoras, apenas quatro votaram a favor do relatório que pedia o afastamento do prefeito: Marcílio Júnior (PSB), Jácio Praxedes (DEM), Ângela Aquino (PTC) e Renata Martins (PTC).
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