Brasil registra 843 novos óbitos e se torna o segundo país com mais mortes por Covid-19, indica consórcio de veículos de imprensa

Total é de 41.901 vítimas fatais e 829.902 casos; diretor de emergências da OMS alerta que leitos de UTI estão em 'estágio crítico'

O Globo

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Ativistas da ONG Rio de Paz posam ao lado de cem buracos na areia da Praia de Copacabana, simbolizando sepulturas das vítimas da Covid-19 Foto: CARL DE SOUZA/AFP/11-6-2020
Ativistas da ONG Rio de Paz posam ao lado de cem buracos na areia da Praia de Copacabana, simbolizando sepulturas das vítimas da Covid-19 Foto: CARL DE SOUZA/AFP/11-6-2020

Com 843 novos óbitos provocados por coronavírus, atingindo um total de 41.901 mortes, o Brasil tornou-se o segundo país com maior número de vítimas fatais provocadas pela doença, ultrapassando o Reino Unido e ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Além disso, o Brasil registrou 24.255 novos casos esta sexta-feira. Até agora, então, a pandemia provocou 829.902 contágios no país. Este índice também é menor somente do constatado nos EUA.

Os números são do boletim das 20h desta sexta-feira do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S. Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, a partir das atualizações das secretarias estaduais de Saúde.

Fonte: Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (UE), Ministério da Saúde e consórcio de veículos de imprensa

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira os dados de seu  balanço sobre os casos e  mortes registrados pela Covid-19. De acordo com os dados, foram registrados 25.982 novos casos da doença nas últimas 24 horas, totalizando 828.810. Ainda segundo o balanço, foram registradas 909 novas mortes nas últimas 24 horas, totalizando 41.828.

Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, os cinco estados com o maior número de casos da doença são: São Paulo (167.900), Rio de Janeiro (77.784), Ceará (75.075), Pará (66.328) e Maranhão (57.605).

Os cinco estados com o maior número de mortes são: São Paulo (10.368), Rio de Janeiro (7.417), Ceará (4.788), Pará (4.132) e Pernambuco (3.694).

Segundo Mike Ryan, diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é agora um dos epicentros mundiais do coronavírus, principalmente nos centros urbanos. O sistema de saúde “ainda está suportando” a demanda por atendimento, diz ele, mas algumas unidades de terapia intensiva (UTIs) já estão sob forte pressão, com mais de 90% dos leitos ocupados.

A interiorização da doença, no entanto, preocupa pesquisadores, que acreditam que a doença segue um “efeito cascata” e pode transbordar para localidades mais isoladas. Em São Paulo, a maioria dos municípios sem casos de Covid-19 tem menos de 5 mil habitantes.

Mesmo com o avanço da pandemia, a semana foi marcada pela reabertura de shoppings nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo e em uma declaração do presidente Jair Bolsonaro favorável ao retorno das escolas.

Além disso, o presidente também pediu a apoiadores que “arranjem” um jeito de entrar em hospitais públicos ou de campanha que atendam pacientes com a Covid-19 para filmarem o interior das instalações. A ideia, segundo ele, seria mostrar a real dimensão da epidemia causada pelo novo coronavírus.

Nesta sexta-feira, políticos apoiadores do presidente atacaram a parceria anunciada pelo governador paulista João Doria (PSDB) entre o Instituto Butantan e farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, que busca realizar testes de uma vacina candidata contra a Covid-19. No Twitter, usando a hashtag #vacinachinesa, os bolsonaristas disseram que a aliança firmada em busca da imunização é uma conspiração contra o governo federal.

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