O NDB (New Development Bank) deve pagar em até 90 dias os empréstimos aprovados em dezembro em seu conselho. O Brasil teve US$ 2,4 bilhões aprovados, que se destinam principalmente ao BNDES para o financiamento de empresas brasileiras. Esse dinheiro deverá ajudar a retomada da economia.
O Brasil teve US$ 3,5 bilhões aprovados ao longo de 2020. Foi o país mais beneficiado. A maior parte desse montante saiu depois de julho do ano passado, quando Marcos Troyjo se tornou presidente do banco, com sede em Xangai.
Até julho de 2020 Troyjo era secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. É a primeira vez que um brasileiro preside uma instituição financeira multilateral.
Em janeiro de 2019, o Brasil tinha só 8% dos empréstimos do NDB. Em 2 anos passou a 20%, o que equivale à sua participação no banco.
O dinheiro do NDB tem outra vantagem: é muito barato. O banco é mantido pelos países que integram os Brics, grupo de nações emergentes que inclui o Brasil, Rússia, Índia e China. É a instituição financeira internacional que tem maior participação brasileira entre os acionistas.
Os empréstimos são para pagamento em 30 anos, com 5 de carência, em que não se paga nada. A remuneração é pela taxa Libor mais 1,25 ponto percentual. Isso é variável, mas está abaixo de 2% ao ano.
A linha de financiamento de US$ 1,2 bilhões para o BNDES destinada ao financiamento de infraestrutura sustentável é a maior já aprovada pelo NDB. Os recursos serão destinados a projetos nas áreas de saneamento, transporte, tecnologia da informação, saúde e educação. Serão destinadas a empresas e também a governos de Estados e cidades.
PAGAMENTO EM ATRASO
O governo brasileiro deve US$ 292 milhões da integralização de capital do banco. O Ministério da Economia publicou nota na 3ª feira (5.jan.2021) dizendo que a culpa é do Congresso. Não há prazo para solução. O Brasil não deixará de receber os empréstimos.