O Ministério do Meio Ambiente bloqueou 95% dos fundos que estavam destinados para a implementação de políticas sobre mudanças climáticas no Brasil. O valor inicial destinado para o tema no ministério era de R$ 11,8 milhões. As informações foram publicadas em reportagem do jornal O Globo nesta 3ª feira (7.mai.2019).
O presidente Jair Bolsonaro chegou a defender durante a campanha a retirada o Brasil do Acordo de Paris – tratado internacional que estabelece metas para contenção do aquecimento global. Mesmo após recuar sobre a saída no acordo, as ações sobre mudanças climáticas estão entre as mais atingidas no Ministério do Meio Ambiente.
A equipe econômica do governo definiu 1 corte total de R$ 187,4 milhões à pasta. A quantia é equivalente a 22,7% do total de orçamento discricionário (não obrigatório) do ministério, aproximadamente R$ 825 milhões.
Outras ações que sofrerão com os cortes da pasta são: o apoio à implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que teve uma diminuição de verba de R$ 6,4 milhões (78,4%); a prevenção e controle de incêndios florestais, referente a R$ 17,5 milhões (38,4%); a ação de licenciamento ambiental federal, de R$ 7,8 milhões (42%); e o programa de apoio à criação de unidades de conservação, que perdeu R$ 45 milhões (25%).
As alterações se dão após a divulgação de 1 relatório da Organização das Nações Unidas, com o informativo de que cerca de 1 milhão de espécies vivas na Terra está em risco de extinção.
Ao jornal, o Ministério do Meio Ambiente informou que revisará outras despesas de custeio, como aluguéis, limpeza e segurança. E o que for economizado “será revertido para atenuar as restrições”.