Vaticano cogita sacerdotes casados na Amazônia

Possibilidade deve ser aberta preferencialmente para indígenas.

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O Papa Francisco no Vaticano, em foto de 24 de abril — Foto: Reuters/Yara Nardi
O Papa Francisco no Vaticano, em foto de 24 de abril — Foto: Reuters/Yara Nardi
Por G1

O Vaticano emitiu, nesta segunda-feira (17), um documento que recomenda à Igreja Católica que considere ordenar pessoas mais velhas, casadas e que tenham famílias constituídas, como sacerdotes em regiões remotas da Amazônia. A medida se aplicaria a pessoas que tiverem, de preferência, ascendência indígena.

O documento também pede que seja identificado algum tipo de “ministério oficial” que possa ser conferido às mulheres.

Segundo agências internacionais, o documento é a menção mais direta em um documento do Vaticano à possibilidade de que homens casados possam ser padres.

“Afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã”, diz o documento.

O Papa Francisco afirmou, em entrevista ao jornal alemão “Die Zeit” há cerca de dois anos, que era preciso “refletir” sobre a possibilidade de ordenar os chamados “Viri probati”, expressão em latim para “homens provados” que se refere a homens maduros envolvidos na Igreja e casados.

“Também teríamos que definir que tarefas eles poderiam desempenhar, por exemplo, em comunidades remotas” afirmou Francisco.


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