O número de autorizações de trabalho para estrangeiros está em alta. Houve aumento de 13% de janeiro a março deste ano em comparação com o mesmo período de 2018, segundo levantamento do Ministério da Justiça (leia a íntegra). O total passou de 6.882 para 7.775.
No caso das mulheres, a alta foi bem maior do que a média: de 348 para 831, o que representa elevação de 139%. Para Diana Quintas, diretora da empresa global de serviços de imigração Fragomen, a mudança é 1 reflexo do crescimento de oportunidades para mulheres nas grandes empresas multinacionais.
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Isso resulta em maior número de executivas que são promovidas e enviadas para trabalhar em outros países, incluindo o Brasil. “Antes, as mulheres nem sequer eram consideradas quando se abriam essas vagas. Diante da maior preocupação com a diversidade, elas estão mais presentes nesses cargos mais altos”, afirma. O aumento se dá em bases ainda muito limitadas. Mesmo com a alta, as mulheres representam apenas 11% do total de concessões.
Não é possível dizer quantas das concessões se referem a executivas pela falta de detalhamento dos dados no relatório. Estão ali todas as autorizações de trabalho, inclusive para estrangeiros que já viviam no Brasil. Procurado, o Ministério da Justiça não comentou os números até a última atualização deste texto. Assim que os comentários forem enviados, serão acrescentados.
Quintas chama atenção também para a maior qualificação dos profissionais que receberam autorização de trabalho. O número de pessoas com doutorado subiu 336% no período analisado. Com mestrado, 92%.
Houve aumento também no número de pedidos indeferidos na comparação com o ano passado: 42%. Quintas afirma que isso se deve ao maior rigor da nova lei de migração.
A alta nas concessões de trabalho não tem qualquer influência do maior número de venezuelanos no Brasil. Como refugiados, eles têm 1 estatuto diferente. De janeiro a abril deste ano, entraram 66.311 venezuelanos no Brasil e saíram 34.940.
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