Um dos principais líderes das manifestações de rua que deram força ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015 e 2016, o hoje deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) está entre os principais alvos de grupos que organizam e convocam atos de rua para domingo, 26, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“(São grupos) radicais mostrando o quanto estão cegos pelo adesismo. Como todo radicalismo, satura e passa. Conversamos com os sensatos e ignoramos os alucinados”, afirma Kataguiri em entrevista à BBC News Brasil.
O MBL, que já defendeu a ocupação do Congresso Nacional durante o governo petista e fez atos contra exposições, diz que não apoia os protestos previstos para o dia 26 porque a pauta é majoritariamente autoritária.
“Movimento liberal não compactua nem com fechamento de Congresso, nem com fechamento de STF. Você pode e deve criticar atitudes de membros dessas instituições, mas nunca demonizá-las. Presidente que se diz conservador não pode atropelar instituição democrática”, diz Kataguiri.
Inicialmente apoiados por Bolsonaro, seus filhos e militantes digitais, os protestos marcados para domingo têm uma pauta difusa. Não há defesa explícita de fechamento das instituições entre os principais articuladores, mas têm circulado nas redes sociais mensagens sobre fechamento do STF e postagens sobre a manifestação estavam sendo acompanhadas pela hashtag #vamosinvadirocongresso no Twitter nesta semana.