Em sua primeira participação na CPI da Covid, o líder da minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), defendeu que seja discutida a falta de medicamentos e kits de intubação nos estados e municípios.
“A situação é crítica. As entidades e unidades de saúde, tanto públicas como privadas e filantrópicas, não têm condições de comprar medicamentos. O Ministério da Saúde requisitou dos fornecedores toda sua produção e centralizou a distribuição. Mas, infelizmente, a pasta não tem conseguido distribuir corretamente esses insumos”, afirmou o líder.
Prates afirmou ainda que várias cidades têm solicitado esclarecimentos do Ministério da Saúde, mas não tem obtido respostas da pasta. “Se o ministério centralizou a distribuição desses medicamentos, ele precisa responder todos os governos locais e municipais. Temos cidades, como Mossoró, no meu estado, que está à beira do colapso. As pessoas estão intubadas e despertando sem remédios”, criticou.
Debate
O parlamentar reforçou a necessidade da CPI reservar um tempo para debater as questões atuais. “Vejo uma preocupação de trazer uma metodologia cronológica, do passado ao presente. Mas, uma das ações que defendemos na instalação da CPI é a possibilidade de mudar os rumos de algumas metodologias, hábitos e acontecimentos atuais. Esses fatos têm levado à morte milhares de pessoas. Precisamos discutir o presente e o que podemos mudar. Não somente o que já aconteceu”, defendeu.
O presidente da CPI, Senador Omar Aziz, assegurou ao líder da minoria que a metodologia de trabalho da comissão irá inserir sempre fatos atuais nas suas reuniões de trabalho, requerimentos e oitivas.
