Sedec e ABSolar discutem linhas de transmissão no RN

Fonte: Portal do Governo do RN

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O titular Jaime Calado e equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) se reuniram nesta terça-feira (20) com representantes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar). Os participantes trataram da situação das linhas de transmissão no estado após divulgação de nota informativa emitida pela Sedec em resposta à nota técnica apresentada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre as demandas crescentes do setor. O encontro virtual teve como principal objetivo estreitar o diálogo entre os órgãos e apresentar propostas para sanar possíveis gargalos no que diz respeito à conexão de novos projetos. 

O secretário de desenvolvimento econômico Jaime Calado enfatizou que a garantia da instalação de linhas de transmissão é de responsabilidade do governo federal, mas pontuou que o governo do Estado está se antecipando e trabalhando em conjunto com as instituições e associações para assegurar o suporte necessário a futuras demandas. O secretário considera que “o papel da ABSolar e da ABEólica são fundamentais neste processo”. 

O vice-coordenador do grupo de trabalho para geração centralizada da ABSolar, Alécio Fernandes, destacou que o relatório apresentado pela ONS em fevereiro, que levantou questionamentos sobre a capacidade de escoamento do RN em vista das projeções de novos empreendimentos em energias renováveis, é apenas um estudo indicativo, e não determinista.

O técnico considera que os dados apresentados não condizem com o cenário dinâmico vivenciado, sobretudo com a expansão do mercado livre, mas admitiu que é preciso pensar à frente para evitar futuros gargalos. “O Rio Grande do Norte, hoje, já tem 10,8 gigawatts em energia eólica e solar, seja em operação ou com contrato assinado, ou com parecer emitido. Em operação, possui pouco mais de 5 gigawatts, ou seja, mais da metade está para entrar nos próximos anos”, explica. “O desafio é grande porque a capacidade instalada deve dobrar até meados de 2024”, disse.

Ainda segundo o técnico, é preciso manter a interlocução com a esfera federal para que não haja um descompasso entre a chegada de novos projetos e a instalação de novas linhas de transmissão. Esse hiato pode ocorrer em função da diferença na velocidade dos processos, que podem levar até cinco ou seis anos no caso de novas linhas de transmissão, enquanto que, para a concretização de plantas eólicas e solares, basta um contrato bilateral e o licenciamento ambiental, num processo bem mais célere.

O coordenador de desenvolvimento energético da Sedec, Hugo Fonseca, informou que a equipe técnica do governo está na expectativa para o diagnóstico da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) que será divulgado no dia 25 de maio, sobre projetos de expansão da infraestrutura de transmissão no Nordeste.

Em paralelo, o governo do estado, na gestão da governadora Professora Fátima Bezerra, através da Sedec, prepara um estudo que irá munir a EPE, a ONS e o Ministério de Minas e Energia com informações específicas sobre o assunto no RN. “A Sedec está elaborando o projeto. Nós iremos contratar empresas para fazer um estudo de expansão da transmissão, visando tanto a expansão das conexões em terra, incluindo as chamadas “áreas de vazio” (onde não existem conexões), e também visando novas fronteiras, como a eólica offshore”, revelou o coordenador.

Hugo também enfatizou a importância do Atlas Solar e Eólico, que está sendo desenvolvido em parceria com o Instituto Senai de Inovação (ISI) no fornecimento de dados para a atração de novos investimentos no setor de renováveis. Além disso, a secretaria realiza estudos para a instalação de um porto-indústria para viabilizar o mercado eólico offshore. “Com isso, a gente fecha o tripé inicial, com todos os estudos que irão apontar o desenvolvimento do estado no setor de energia, uma das vocações fundamentais do Rio Grande do Norte”, conclui o coordenador.

Além dos citados, participaram da reunião o presidente executivo Rodrigo Sauia e a técnica Paula Constanza, da ABSolar, o associado Ivan, da Atiaia Energia, o secretário adjunto Silvio Torquato e o coordenador de desenvolvimento industrial Olavo Oliveira, da Sedec.

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