Um informe do ECDC (Centro Europeu de Controle de Doenças) divulgado nesta semana alerta para a possibilidade de uma 3ª onda de casos de covid-19 no continente caso as restrições vigentes sejam revogadas.
A análise indica que, se as medidas deixarem de vigorar em 21 de dezembro, haverá aumento de casos na 1ª semana de janeiro. Se forem flexibilizadas em 7 de dezembro, o número de contágios e mortes subirá na véspera de Natal.
Esse seria o início da 3ª onda da epidemia na Europa. Na 2ª, com as restrições de outubro e novembro, segundo o ECDC, mais de metade dos países europeus conseguiu reduzir os contágios em 50%.
Se medidas como a de 1o de abril (isolamento total) fossem implementadas em toda a Europa, os casos baixariam em todos os países.
No último domingo (22.nov.2020), o executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde) David Nabarro disse que a 3ª onda será inevitável se os governos falharem nas medidas de prevenção . Ele diz que a “reação da Europa foi incompleta” pois se perdeu “a oportunidade de reforçar as infraestruturas“. Nabarro diz por exemplo, que os governos deveriam vigiar as quarentenas e questiona a abertura das estações de esqui.
Na França, o governo anunciou na 3ª feira (24.nov) o fim do isolamento total, e disse que pretende reabrir o comércio não essencial na semana que vem. Quanto às reuniões privadas, nenhum limite de pessoas foi estipulado, o governo pediu apenas “prudência”.
A Alemanha proibiu a abertura dos mercados de Natal, conhecidos mundialmente, mas planeja permitir reuniões de até 10 pessoas após 20 de dezembro, ainda que haja recomendações de fazer quarentena voluntária posteriormente.
Na Itália, o governo deve anunciar as medidas para o Natal antes de 3 de dezembro, data de expiração do decreto atual de restrições. Assim como na Espanha, o toque de recolher será uma ou duas horas mais tarde no período de Natal (atualmente, a regra pede que todos permaneçam em casa a partir de 22h).
Nas celebrações de fim de ano no Reino Unido, pessoas de até 3 casas diferentes poderão se reunir, medida ainda não confirmada pelo primeiro-ministro, Boris Johnson. A divisão atual da Inglaterra em 3 zonas, segundo a incidência da pandemia, permanecerá até 23 de dezembro.
Na Suécia, as recomendações atuais seguem vigentes até 13 de dezembro, quando se espera que o governo anuncie novas medidas.
Na Dinamarca, recomenda-se reuniões de até 10 pessoas, e na Noruega as autoridades pedem que se evite qualquer contato.