Motorista de ônibus é morto após recusar passageiros sem máscara na França

Fonte: DW Brasil

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Um motorista de ônibus na França sofreu morte cerebral nesta segunda-feira (06/07) após ter sido atacado enquanto trabalhava. Ele teria se recusado a levar a bordo passageiros sem máscaras, que são obrigatórias nos transportes públicos do país europeu para conter o avanço da covid-19.

Uma fonte policial na cidade de Bayonne, perto do luxuoso balneário atlântico de Biarritz, no sudoeste da França, afirmou à imprensa local que cinco pessoas estão sob custódia em relação ao ataque, ocorrido na noite de domingo.

Segundo a fonte, o motorista – na faixa dos 50 anos – tentou impedir que um homem sem máscara embarcasse no ônibus com seu cachorro. Ele também teria pedido que outros quatro passageiros, que já estavam dentro do veículo sem máscaras, saíssem.

Em seguida, o motorista foi atacado com socos repetidos que resultaram em um ferimento grave na cabeça, afirmou a fonte policial. Ele estava inconsciente quando chegou ao hospital, e a morte cerebral foi declarada pelos médicos nesta segunda-feira.

Um homem de cerca de 30 anos foi preso no domingo, e mais quatro pessoas foram detidas nesta segunda-feira em ligação com a agressão, informou o Ministério Público.

Os serviços regionais de ônibus foram interrompidos nesta segunda, depois que vários colegas do motorista se recusaram a trabalhar em protesto contra o ataque brutal. Segundo o jornal francês Le Monde, dezenas de motoristas expressaram tristeza e indignação com o incidente, e declararam que só voltarão a trabalhar depois do funeral do colega atacado.

“Testemunhamos um ato particularmente violento e bárbaro”, disse o prefeito de Bayonne, Jean-René Etchegaray, em visita aos funcionários da empresa de ônibus, manifestando sua solidariedade. Ele exigiu que os criminosos sejam levados à Justiça e que isso resulte em uma punição “suficientemente severa” para servir de alerta a outras pessoas.

O uso de máscaras faciais é obrigatório nos transportes públicos da França, onde a epidemia de covid-19 já matou quase 30 mil pessoas, além de ter infectado mais de 205 mil.

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