Não durou mais que 43 dias a aliança política e administrativa entre o prefeito Júlio César (PSD) e o vice-prefeito Baia Mota (MDB), pós eleição suplementar que ocorreu em Ceará-Mirim. Os motivos que levaram ao rompimento em tão curto espaço de tempo são os mais variados. Vão desde a disputa por mais espaços no governo, até a quebra de compromisso por parte do prefeito.
Ontem à noite, o prefeito Júlio César publicou uma nota de esclarecimento em uma das suas redes sociais. Na nota ele diz que foi forçado a tomar a exonerar a diretora do hospital Percílio Alves, como também seu esposo que acumulava o cargo de vice-prefeito com a pasta infraestrutura. “…que diante da gravidade, da nossa responsabilidade como Prefeito e nossa dignidade como ser humano, não nos deixou outra alternativa”.
Na nota, ele também informa que o secretário de Administração, o engenheiro civil Breno Queiroga, responderá interinamente pela secretaria de Infraestrutura. E Gorete Gabriel assumirá a direção do hospital. Ela é assistente social e foi secretária de Ronaldo Venâncio na sua interinidade na prefeitura de Ceará-Mirim.
Por outro lado, o vice-prefeito Baia Mota, postou um texto em uma rede social, trazendo sua versão. Na nota ele fala do empenho do seu grupo, da consideração e respeito, que teve durante a campanha, pelo grupo do prefeito. Porém, segundo escreve Baia,”…Ocorre, amigos, que a recíproca não foi verdadeira! Os pequenos gestos já soavam algo estranho e vcs podem ter certeza que não consigo ser pela metade. Fomos compreendendo a formação de alguns cenários, que já não nos cabia mais! Fomos sentindo que a novela de alguns anos atrás estava se repetindo, mas não foi por falta de aviso! ”.
Hoje, 05 de fevereiro, o Diário Oficial dos Municípios trouxe a publicação das exonerações de Baia e Jumaria. Isso pode significar que não há volta e que os mesmos passarão a ser oposição ao governo que ajudaram a eleger em 1º de dezembro de 2019.
Abaixo a íntegra das notas publicadas por Júlio César e Baia Mota.